Agora, eles serão submetidos à regra do “trabalho intermitente”. Em vez de cumprir uma jornada normal de trabalho na universidade, serão chamados apenas quando a instituição precisar, e receberão somente pelas horas e dias trabalhados. Isso, na prática, significa uma redução de salário e uma imensa insegurança quanto aos rendimentos que receberão no final do mês.
Um professor universitário, para ficar neste exemplo, será chamado pelo patrão para dar aula, e receberá apenas por esta atividade. Não será remunerado por suas pesquisas, pela orientação aos alunos fora da sala de aula, pela presença na biblioteca, por suas leituras para a preparação das aulas ou pela correção de provas. Ficará, no entanto, à disposição do empregador.
Em muitas categorias profissionais, como a dos trabalhadores domésticos, balconistas, garçons etc, a jornada intermitente criará uma situação perversa: os trabalhadores poderão ganhar menos do que o salário-mínimo.
O trabalho intermitente, sem dúvida, é uma das mais desumanas medidas impostas pela destruição da CLT. Muitos começam a perceber, a cada mudança direta em suas vidas, a cada prejuízo imposto pelo governo e pelas leis por ele fabricadas, quem são e o que querem os golpistas.