POCHMANN: PT FEZ UMA REVOLUÇÃO SILENCIOSA
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POCHMANN: PT FEZ UMA REVOLUÇÃO SILENCIOSA

Livro sobre os governos petistas mostra que, não fosse o golpe, Brasil se tornaria grande nação democrática, com a inclusão de todos no padrão básico de bem-estar

29/03/2018 7:04

No começo do século XXI, o Brasil viveu, com atraso de quase seis décadas, situação comparável à experiência verificada nos países desenvolvidos a partir do final da Segunda Guerra Mundial. Ou seja, uma espécie de “revolução silenciosa” patrocinada pela convergência governamental apoiada no moderno direito da cidadania voltado à garantia de padrão básico de bem-estar a todos.

Nesse sentido, a noção de cidadania avançou consideravelmente para além da dimensão primitiva assentada nos rendimentos enquanto homologadores do modelo de consumo consagrado por simples escolhas individuais.

A difusão do padrão de bem-estar comprometido com a universalização do acesso aos bens e serviços  essenciais  – não mais limitados à restrição dos rendimentos individuais ou à capacidade monopolizadora da política pública local –, implicou inverter prioridades instauradas por governos anteriores. Por  isso, a  implantação de política econômica comprometida com o pleno emprego da força de trabalho, da política social de extensão de benefícios de garantia de renda aos mais necessitados, da política pública aos  sem casa, aos  sem  iluminação elétrica, aos  sem água  e saneamento, aos  sem  escola, aos sem universidade, entre outras tantas faces da desigualdade geradas pelas livres  forças do mercado.

O ineditismo da  recente experiência  brasileira  terminou  sufocado pela força do golpe político que em 2016 retirou das funções de mandatária do país, uma presidenta legitimamente eleita. Concomitante, processou-se a “contrarrevolução silenciosa”, fundada na retirada dos pobres do orçamento público com a desconstrução das políticas públicas e o favorecimento dos já privilegiados.

A trajetória dos governos petistas que vinha sendo validada nas quatro últimas eleições presidenciais sucessivas, não fosse o golpe político de 2016, permitiria consagrar uma grande nação democrática, com sustentável crescimento econômico e inclusão de todos no padrão básico de bem-estar.

Tudo  isso  foi sistematizado de forma  didática, compreendendo consulta e  participação variada e qualificada de muitos neste estudo louvável que ora publicamos, organizado por Aloizio Mercadante e Marcelo Zero. Embora possa não ser definitiva e tampouco excludente de outras, constitui narrativa fundamental para o entendimento coletivo sobre  aqueles que já demonstraram saber fazer o bem ao povo é que apresentam melhores condições de continuar a fazê-lo, desde que o próprio povo possa se manifestar nas eleições livres e democráticas.

Marcio Pochmann

Presidente da Fundação Perseu Abramo

No link abaixo, a do livro, em PDF:

UM LEGADO PARA O FUTURO

 

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