Para o governo provisório, área social é variável de ajuste fiscal
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Para o governo provisório, área social é variável de ajuste fiscal

07/06/2016 4:14

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A presidenta eleita Dilma Rousseff e a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome do seu governo, Tereza Campello, conversaram com internautas na manhã desta terça-feira (7) sobre o desmonte das políticas de combate à pobreza promovido pelo golpista Michel Temer e, em especial, o Bolsa Família.

Na avaliação da presidenta, “é um absurdo interromper ou mudar programas que são reconhecidos mundialmente por seus resultados positivos no combate à pobreza”.

Dilma disse ter ficado preocupada ao tomar conhecimento que o governo golpista pretende remunerar os municípios que mais tirarem famílias do programa Bolsa Família.

“Essa iniciativa mostra como o nosso projeto é completamente diferente do deles. Nós remuneramos o município quando mantém um cadastro bem feito, acompanha a frequência escolar e a saúde das crianças. Remuneramos também os municípios para que garantam o acesso dos beneficiários do Bolsa Família aos cursos de qualificação profissional. Remuneramos ainda na Busca Ativa para localizar e incluir as famílias que precisam nas políticas públicas. Eles querem fazer o oposto: remunerar para excluir”, enfatizou.

Em um dos comentários, a internauta Mirna Marques falou da sua experiência de 12 anos na Coordenação do Cadastro Único na cidade de Madalena (CE), onde pôde testemunhar “como o Programa Bolsa Família vem contribuindo para nossas famílias terem uma qualidade de vida melhor”.

“São quatro anos e meio de seca que nos castiga, e fico imaginando o que seria de muitas famílias se não fosse os programas sociais. Lamentável como esse governo golpista vem tratando a vulnerabilidade social no nosso País”, afirmou a cearense.

A ministra Tereza Campello lembrou que esteve na cidade do sertão do Ceará para entregar cisternas que ajudam no convício com a seca.

“O Bolsa Família é reconhecido no mundo todo por sua qualidade e por chegar em quem precisa. Isso é resultado de nossas auditorias anuais e do trabalho dos municípios e estados. Toda melhoria no controle do programa é bem-vinda. Mas não é isso que estamos vendo. Os ataques com falsas acusações de fraude são também um ataque aos técnicos e gestores do programa em todo o Brasil”, completou Campello.

A presidenta eleita ainda ressaltou que, mesmo passando por uma crise econômica, o caminho do desenvolvimento para o País voltar a crescer não é por meio de cortes nos programas sociais.

“O País pode passar por essa crise sem cortar o Bolsa Família, que atende 47 milhões investindo apenas 0,47% do PIB. É um programa muito barato. Isso deveria ser impensável, ainda mais em um momento de crise, que é quando as famílias mais precisam de proteção”, afirmou.

Para mostrar que o Bolsa Família não traz prejuízos, Dilma lembrou que cada R$ 1 investido no programa garante o retorno de R$ 1,78 para economia.

“Ou seja, está comprovado por pesquisas que o Bolsa Família ajuda no crescimento econômico. O que nos espanta é que, na hora de cortar gastos, a única área que entra em pauta é a social. Para o governo provisório, o social é variável de ajuste fiscal”.

Da Agência PT de Notícias

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