A presidenta Dilma Rousseff, em entrevista à Rádio Capital AM, de São Paulo, afirmou que o vice-presidente Michel Temer, além de usurpar a Presidência da República, trabalha para desconstruir o programa aprovado pelas urnas em 2014.
“Então, é dupla usurpação. É usurpação por ser um processo ilegal e é usurpação por ser um processo que introduz um governo ilegítimo que muda completamente o que foi aprovado pela população, disse.
Entre os ataques do governo interino ao programa eleito nas urnas, está a limitação dos investimentos para áreas como saúde e educação e a venda do patrimônio público, com privatizações que nunca haviam sido discutidas.
“Coloca na pauta privatizações que nunca foram discutidas. Jamais se faria isso da forma como estão fazendo, não há a menor base para redução de programas, como o caso da saúde, como querem criar um plano de saúde que não cobre o mínimo de saúde considerado correto pela própria ANS”, coloca.
Dilma lembrou que a avaliação da perícia feita por técnicos do Senado à pedido da Comissão Especial do Impeachment não encontrou ato da presidenta nas chamadas “pedaladas fiscais” e que os golpistas já indicaram suas reais intenções ao promoverem sua retirada.
“E isso está cada vez mais claro, primeiro, pelas palavras dos golpistas, eles dizem que um dos motivos pelos quais eu sai é porque tinha que parar a sangria, não podia deixar que as investigações da Lava-Jato chegassem até eles”, afirmou.