Na Inglaterra, Dilma denuncia perseguição política a Lula
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Na Inglaterra, Dilma denuncia perseguição política a Lula

Em encontro com prefeito de Liverpool e professores da Universidade de Manchester, ex-presidenta diz que petista é preso político e que querem impedi-lo de ser candidato à Presidência do Brasil

21/06/2018 4:08

 

Presidenta deposta do poder em 2016, Dilma Rousseff esteve nesta quinta-feira, 21, com o prefeito de Liverpool, Joe Anderson, para tratar da situação política no país e denunciar a injusta prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, detido há quase 70 dias numa cela em Curitiba, condenado num processo judicial injusto e abusivo que o levou a 12 anos e 1 mês de prisão. Ela também falou por mais de duas horas com professores e estudantes da Universidade de Manchester, denunciando o uso do lawfare contra Lula. 

“Lula está preso mesmo sendo inocente. Sua detenção é injusta e só ocorreu porque tentam de todas as formas impedi-lo de ser novamente presidente do Brasil”, disse Dilma, em audiência com Anderson, na sede da prefeitura de Liverpool. Liderança tradicional do Partido Trabalhista no Norte da Inglaterra, Anderson manifestou apoio e solidariedade a Lula. Ele se mostrou impressionado com a ausência de provas no processo de condenação de Lula.

No encontro com acadêmicos em Manchester, ocorrido no início da tarde desta quinta-feira, ela fez um panorama sombrio sobre a atual cena política brasileira, declarando que o país está numa situação de impasse. “Lula está preso, mas é o líder absoluto nas pesquisas eleitorais, enquanto os líderes do Golpe de 2016 não têm um candidato viável do ponto de vista eleitoral e o governo brasileiro padece de um processo de apodrecimento. O país vive uma anomia”, ressaltou Dilma.

Secretária regional da Trades Union Congress (TUC), uma das mais importantes centrais de trabalhadores do Reino Unido, Lynn Collins acompanhou a audiência de Dilma em Liverpool. Ela manifestou sua preocupação com a situação política no Brasil e os retrocessos sociais impostos desde o afastamento de Dilma Rousseff do governo. “É preocupante o que está acontecendo no país”, disse. “Sabemos que estão desconstruindo todos os programas sociais no Brasil”.

Dilma estava acompanhada nos dois encontros pelo presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, e de Márcio Monzane, diretor para as Américas da UNI Global Union, organização que reúne mais de 1 mil sindicatos de trabalhadores em 150 países. A ex-presidenta do Brasil participou na quarta-feira do congresso mundial da UNI em Liverpool. Ela terá novos encontros nesta sexta-feira em Manchester.

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