Dilma Rousseff
A abolição da exigência de que empresas cumpram cota de contratação de pessoas com deficiência é uma das mais perversas, desumanas e cruéis iniciativas do governo Bolsonaro. Com isto, ele destrói a política em prol da integral inclusão de pessoas com deficiência adotada em nossos governos.
Criada em 1991, a lei ganhou força nos governos do PT, com a criação do Estatuto da Pessoa com Deficiência, que assegurava que, mesmo se deixassem o emprego, os deficientes voltariam a receber o BPC (Benefício de Prestação Continuada), pago pela previdência.
Nossos governos adotaram ampla política de acesso aos deficientes, a partir da educação. De 2003 e 2013, aumentou de 448 mil para 843 mil o número de crianças com deficiência no ensino. E o mais importante: o maior crescimento se deu em classes regulares: 110 mil para 648 mil.
Bolsonaro encaminha assim a destruição de um dos programas mais inclusivos dos governos do PT, o “Viver sem Limites“, que transferiu o dobro de recursos por aluno com deficência às escolas regulares, criou 102 centros de reabilitação e construiu unidades para deficientes no MCMV.