Os trabalhadores brasileiros vivem o mais trágico 1º de Maio de nossa história. Nunca o país enfrentou uma crise em tantas frentes: sanitária, social, econômica e política. Toda a política de bem-estar social construída a partir de 1988, com a Constituição Federal, e aprofundada pelos governos do PT, está sendo destruída, dia-a-dia. Isso começou com o Golpe de 2016. Hoje, o Brasil tem milhões de desempregados e 40 milhões de pessoas vivendo na informalidade. A desigualdade é tão vergonhosa, que nada menos do que 100 milhões de brasileiros vivem com até R$ 413 por mês.
A data é especialmente grave diante da morte de mais de 5 mil brasileiros, vítimas da negligência e da omissão de um governo liderado pelo mais brutal e desalmado chefe de Estado entre todas as nações do planeta. Irresponsavelmente, Jair Bolsonaro desdenha da doença, zomba dos mortos e avilta a cadeira de Presidente da República. No Palácio do Planalto, hoje está um líder político que não se envergonha de promover a desordem e a destruição da ordem democrática, apoiando protestos contra as instituições da República.
Essa epidemia do coronavírus ganha contornos ainda mais graves no Brasil, porque o presidente deixa de atuar como um líder preocupado em salvar vidas humanas. É triste que tenhamos de atravessar uma situação tão ruim, em pleno século 21, tendo à frente um líder que elogia torturadores, desrespeita a vida das pessoas, despreza a ciência, os médicos, e trata governadores e prefeitos como inimigos. Pior. É omisso quanto à grave crise social que se avizinha, com desemprego em massa e a perda de renda de milhões de famílias.
Em vez de proteger os trabalhadores e os mais vulneráveis, o presidente da República os entrega à própria sorte. O governo tem dinheiro para ajudar bancos, mas nega apoio aos trabalhadores que estão perdendo condições de vida para se sustentar. Desprezível, o presidente ofereceu meros 200 reais para os desempregados pela crise. Depois, derrotado pela oposição, que garantiu auxílio de 600 a 1.200 reais, passou a sabotar a distribuição do dinheiro. O resultado é o que vimos agora: filas enormes diante de agências bancárias. Uma monstruosidade contra o nosso povo trabalhador, submetido ao papel indigno de implorar por um dinheiro que é dele por lei e por direito. Mais grave, formando aglomerações e arriscando suas próprias vidas.
A luta por dias melhores para todos se intensifica neste momento. Neste 1º de Maio, mais do que nunca, precisamos de unidade para construir um país que garanta o futuro melhor a nossos filhos e netos, reduzindo as desigualdades seculares e impondo a vida humana como o mais precioso bem e direito de todos.
Se o presidente despreza a vida, e dá de ombros, dizendo “E daí”, nossa busca determinada por mudanças mostrará a ele que o povo brasileiro vai impor sua vontade e retomar o caminho da justiça social e do desenvolvimento do país”
Não nos resta outro caminho agora que não gritar, fortemente e de maneira corajosa: Fora, Bolsonaro.
Viva os trabalhadores do Brasil!
Viva as forças populares do país!