O golpe que afastou a presidenta eleita Dilma Rousseff foi mais uma vez criticado fora do Brasil. Desta vez por por intelectuais estrangeiros firmaram um manifesto condenando o impeachment.
O documento foi assinado por nomes como os filósofos alemães Jürgen Habermas, Axel Honneth e Rainer Forst, a filósofa feminista norte-americana Nancy Fraser e o filósofo canadense Charles Taylor.
O protesto foi ampliado pela professora de Ética e Filosofia Política do Departamento de Filosofia da Unicamp Yara Frateschi e pela professora de Filosofia da UFABC Miriam Madureira, e fora apresentado pela primeira vez durante a Conferência Internacional de Filosofia e Ciências Sociais em Praga, na República Tcheca, em maio.
Segundo Frateschi, o manifesto teve adesão rápida da maioria dos participantes do evento, constituindo um apoio importante na resistência contra o golpe.
“Tivemos uma adesão de pessoas que têm estado por toda a sua vida defendendo a democracia”, disse Frateschi em entrevista ao site de notícias “Opera Mundi”. “Não se tratava ali de uma adesão partidária, mas de uma clara manifestação de solidariedade aos brasileiros”.
Os intelectuais criticam o impeachment de Dilma, qualificando o processo como um “golpe branco”. Afirmam que a oposição, formada por partidos de direita, aproveitou-se de uma crise econômica para fazer uma campanha “violenta” contra a presidenta.
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