Para o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT-SP), já não restam dúvidas de que a presidenta eleita Dilma” Rousseff foi vítima de um golpe para interromper um processo de transformação social.
Este fato ficou provado após o vazamento de áudios envolvendo ministros do governo de Michel Temer (PMDB) e a bancada do golpe no Legislativo: “Está mais perto de uma fraude do que casuísmo. O que aconteceu foi uma operação orquestrada para tirar Dilma”, afirmou na noite de quinta-feira (3), durante o debate “Pela democracia e contra o golpe”, realizado com o deputado Orlando Silva (PCdoB), no centro de São Paulo.
“Houve uma demonização de uma pessoa, como se ao tirá-la, resolvesse tudo. Eu achava que era um casuísmo, mas foi mais do que casuísmo. O que aconteceu está mais perto de uma fraude. Com o vazamento dos áudios recentes, vimos que foi uma operação orquestrada, e que não tem nada a ver com processo de impeachment”, defendeu o prefeito.
Haddad mencionou que um dos problemas da democracia brasileira é a existência de dois pesos e duas medidas, com uma métrica para os partidos de esquerda e outra para os partidos de direita. “Você não se sente tão seguro sendo de esquerda quanto sendo de direita no Brasil (…) O poder estatal não está para todo mundo da mesma forma. Não é uma percepção paranoica, isto é real”, disse.
A maior evidência é a falta de coerência no argumento usado para acusar a presidenta de crime de responsabilidade: “Se vai cassar uma presidenta por pedalada, então cassa os governadores também. Temos que forçar o republicanismo. Vai cassar por pedalada? Então casse todo mundo”.
Ao argumentar, disse que há duas formas de resolver a disputa política atualmente no Brasil, pelo voto ou pela violência. Isto tem explica, segundo ele, a atuação de forças repressivas contra movimentos sociais e militantes da esquerda.
E a maneira como Dilma foi afastada do Executivo reforçou a evidência de que setores de oposição conservadora têm medo da força do voto e, por isso, recorrem à repressão. “Não existe saída intermediária (…) a direita tem problema congênito no Brasil, que é a questão do voto (…) A direita tem medo do voto, por isto a repressão”.
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