Direitos básicos e conquistas históricas dos trabalhadores estão ameaçadas pelo golpe em curso no País. A avaliação é dos ministros do governo eleito, Carlos Gabas, da Previdência Social, Ricardo Berzoini, da Secretaria de Governo, Jaques Wagner, da Casa Civil, Miguel Rossetto, do Trabalho e Previdência, e José Lopez Feijóo, secretário Nacional de Trabalho.
“É trabalhar 80 horas semanais, aposentar com 70 anos, quando morre depois de dois anos segundo a expectativa de vida, trabalhando com uma hora ridícula e sem direitos. Esse é o trabalhador ideial que este golpe está construindo”, afirmou Feijóo, em debate sobre o tema.
“Vamos debater que iniciativas estão sendo pensadas pelos golpistas para agredir os direitos dos trabalhadores deste País”, explicou Miguel Rossetto. “Já tem um projeto de claro de desmonte das estruturas. Já estão sendo retirados direitos dos trabalhadores”, completou Gabas.
Para Wagner, as medidas deixam claro que o objetivo do golpe não é apenas a deposição da presidenta Dilma Rousseff , mas também acabar com sindicatos e direitos trabalhistas. “A farsa do impeachment, o golpe, na verdade, não visa a Dilma diretamente, o PT, visa essa questão da economia brasileira, onde os empresários acham que só sobrevivem se escalpelarem os trabalhadores”, destacou.
Ricardo Berzoini lembrou que os senadores e as senadoras têm o poder e a obrigação de impedir o golpe e os retrocessos desenhados pelas propostas e medidas do governo interino.
“A única maneira de impedir que essa agenda se consolide é dialogarmos com os senadores e senadoras que que não permitam o golpe, que não é apenas contra a presidenta Dilma Rousseff, é contra a democracia e os direitos sociais no Brasil. É fundamental chamar a atenção daqueles que têm o dever de votar essa questão. O prejuízo social para o Brasil pode ser impedido com um único voto, que é o voto contra o impeachment”, definiu.