O segundo ato do documentário “A História do Golpe”, produzido sob a coordenação da presidenta Dilma Rousseff, foi lançado nesta sexta-feira, 21 de setembro. O filme trata das mentiras e da conspiração que juntou políticos conservadores, parte da mídia nacional que passou a agir como partido político de oposição e parcela do sistema financeiro. Esses setores, amparados em segmentos do Judiciário, induziram parte da opinião pública a acreditar em fatos forjados para engendrar o golpe de Estado em 2016, baseado em um impeachment sem crime de responsabilidade.
Candidata ao Senado pelo PT de Minas Gerais e líder isolada nas pesquisas eleitorais, Dilma aborda didaticamente as mentiras que foram lançadas pela mídia ainda em 2015. O filme mostra que nenhuma mentira se sustenta sozinha. Depende de outras mentiras, sempre maiores, mais complicadas e cada vez mais insustentáveis. O filme mostra como foi forjada a farsa do impeachment, baseada em outras farsas. Uma farsa levou a outra e a outra, até que a trapaça foi ficando evidente e torna-se difícil mantê-la de pé.
Desde o início da sabotagem ao governo reeleito em 2014, derrubado em 2016 por um impeachment fraudulento, nunca se mentiu tanto no Brasil. A verdade foi falsificada compulsivamente, sem qualquer compostura. Criaram a farsa das pedaladas fiscais, logo negadas por peritos qualificados, e do crime de responsabilidade que jamais foi cometido.
O documentário mostra como foi fabricada a farsa do “país quebrado”, como forma de sustentar outro embuste, o que de era preciso desmantelar o poder de ação do estado por meio de uma emenda constitucional que congela e reduz gastos públicos por um período de 20 anos, afetando diretamente os mandatos de cinco presidentes da República.
“A História do Golpe” revela como forjaram, com apoio da Globo, a farsa de que o pré-sal não tinha valor, apenas para permitir a sua venda para petroleiras estrangeiras, assim como a apropriação dos royalties que representariam o futuro da educação e da saúde para o povo brasileiro.
Inventou-se a farsa da terceirização e da reforma trabalhista, como se tais contrarreformas fossem capazes de fazer explodir a criação de emprego, quando, na verdade, o que fizeram foi ampliar a precariedade dos direitos dos trabalhadores, transformando-os em pessoas jurídicas sem proteção legal e com salários 70% menores.
O documentário destaca como, por meio das mentiras, o consórcio liderado pela mídia, políticos corruptos e setores do mercado financeiro, montou a tese de que o golpe que derrubou o governo Dilma Rousseff faria o Brasil crescer como num passe de mágica. O que se viu nos dois anos de governo ilegítimo foi a exacerbação descontrolada da crise econômica e social, com o aumento da pobreza e da miséria.
Dilma mostra como escondeu-se a traição do PSDB ao país e aos seus próprios princípios, como acaba de confessar o ex-presidente da sigla, senador Tasso Jereissati (CE), quando o partido tentou anular as eleições, depois passou a sabotar o governo reeleito e finalmente promoveu o golpe parlamentar, aderindo em seguida ao governo golpista, com o qual divide o poder até hoje.