Com jalecos na cor laranja utilizados pelos trabalhadores da Petrobras, representantes de sindicatos do setor industrial diretamente prejudicados pelo sucateamento da empresa reuniram-se nesta quinta-feira (4) com a presidenta Dilma Rousseff, no Palácio da Alvorada, para reforçar a defesa da democracia e do pré-sal.
Também com o uniforme, Dilma apontou qual o papel do pré-sal na ampliação da produção do petróleo e o impacto do modelo de exploração que foi alterado após a descoberta da riqueza.
“Se levamos quase 100 anos para explorar um milhão de barris, a partir da descoberta até hoje, cerca de 10 anos, chegamos já a um milhão e seiscentos mil barris por dia. E aí entra a importância de ter uma operadora única. E da participação em ao menos 30% dos campos licitados, porque isso faz com que a Petrobras opere os principais campos do país e tenha conhecimento nos modelos de exploração e de resolução dos problemas que encontra.”
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Uma prova do desenvolvimento da empresa é a própria descoberta do pré-sal, apontou a presidenta.
“A Petrobras é a maior empresa no mundo no setor, quem descobriu a bacia e quem detém o conhecimento sobre a tecnologia. Lembremos que no campo de Libra a Shell furou e não achou nada onde descobrimos pré-sal”, recordou.
A presidenta também explicou a mudança do modelo. Com o regime de partilha, (lei 12.351/2010) aprovado durante o governo do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, houve a garantia de que 50% do lucro com os royalties fossem destinados para um fundo social, de onde o governo tiraria recursos para aplicar em educação (75%) e saúde (25%).
“O modelo no pós-sal era concessão porque a chance de achar petróleo era menor. Já no modelo de partilha sabemos onde está a riqueza e que é de muito boa qualidade”, falou.
Porém, o PL 4567/2016 (antigo PLS 131/2015, de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), prestes a ser votado na Casa, tira a obrigatoriedade da Petrobrás de ser a operadora única do pré-sal e a participação mínima de 30% nos campos licitados.
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