Defesa de Dilma quer provas de executivos da Odebrecht
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Defesa de Dilma quer provas de executivos da Odebrecht

21/03/2017 12:24

Advogados lembram que delação não se sustenta sem documentos que corroborem as acusações

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Os advogados da ex-presidenta Dilma Rousseff apresentaram na noite de segunda-feira, 20, novos requerimentos ao Tribunal Superior Eleitoral. A defesa pediu ao ministro Herman Benjamin, relator do processo de cassação da chapa Dilma-Temer no TSE, que determine aos executivos da Odebrecht a inclusão nos autos de documentos que comprovem as alegações de pagamento de recursos de origem ilícita para a campanha da reeleição de Dilma em 2014.

Segundo a defesa, a medida tem como objetivo garantir o contraditório e a ampla defesa, condições essenciais para o respeito ao devido processo legal. A defesa fez os pedidos depois de ter acesso – pelo prazo de 24 horas – das delações dos executivos e funcionários da Odebrecht. Os advogados argumentam que para cada alegação não foi anexado nenhum indício ou prova que possa atestar a veracidade das acusações.

No caso do empresário Marcelo Odebrecht, a defesa pede que ele apresente ao TSE provas documentais sobre encontros com a ex-presidenta Dilma, esclareça anotações cifradas e incompreensíveis sobre alegadas reuniões com o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega.

A defesa cita ainda o caso de Alexandrino Alencar, que disse ter participado de reunião, na sede da Odebrecht com o tesoureiro da campanha de Dilma, Edinho Silva e o empresário Marcelo Odebrecht, em 11 de junho de 2014. No encontro, os delatores dizem que teria sido acertada a doação de dinheiro, via caixa dois, a partidos aliados.

Os advogados de Dilma questionam também o fato de que nenhum dos delatores apresentou qualquer documento ou prova, nem mesmo indicado outros testemunhos que pudessem reforçar as alegações. Também não há dados sobre os pagamentos nem a quem foi destinado o dinheiro, nem mesmo datas ou números de contas. O mesmo aconteceu no caso dos delatores Fernando Reis, Fernando Migliaccio, Maria Lúcia Tavares e Hilberto Silva.

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ASSESSORIA DE IMPRENSA
DILMA ROUSSEFF

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