A Argentina celebrou domingo o “Dia da Memória, da Verdade e da Justiça”, instituído pelo parlamento em 2001 como forma de prestar tributo aos 30 mil desaparecidos políticos da ditadura militar, que durou de 1976 a 1983.
Mas no Brasil, em pleno Século XXI, o governo de extrema-direta decide que os militares devem celebrar o golpe de 1964, que infelicitou o país por mais de 20 anos.
A minha homenagem às vítimas da ditadura e ao povo argentino se expressa na forma de reconhecimento à bravura das mulheres do “Movimento das Mães e Avós da Praça de Maio”, às quais enviei a mensagem reproduzida abaixo:
Porto Alegre, 24 de março de 2019
Queridas mães e avós.
Como todos os dias, há 40 anos, sua luta é um exemplo de dignidade e valentia.
Como todos os dias, há 40 anos, vocês nos ensinam que a luta contra o esquecimento, pela memória, pela verdade e pela justiça é a única condição para não repetir o nosso passado de ditaduras, morte e dor.
Vocês, mães e avós da esperança, nos fortalecem e nos animam neste momento difícil e desafiador que vive a América Latina.
Recebam meu abraço de solidariedade e amizade. Recebam meu compromisso de estar sempre com vocês, mães e avós da esperança e do amor.
Dilma Rousseff
Ex-presidenta do Brasil
(Em espanhol)
Porto Alegre, 24 de marzo de 2019
Queridas Madres y Abuelas,
Como cada día, desde hace 40 años, vuestra lucha es un ejemplo de dignidad y valentía.
Como cada día, desde hace 40 años, nos enseñan que la lucha contra el Olvido, la lucha por Memoria, la Verdad y la Justicia es la única condición para no repetir nuestro pasado de dictaduras, muerte y dolor.
Uds, Madres y Abuelas de la esperanza, nos fortalecen y animan en este difícil y desafiante momento que vive América Latina.
Reciban mi abrazo de solidaridad y de amistad. Reciban mi compromiso de estar siempre junto a Uds, Madres y Abuelas de la esperanza y del amor.
Dilma Rousseff
Ex presidenta de Brasil
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