A consciência da população não vai permitir retrocessos, afirma pesquisadora
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A consciência da população não vai permitir retrocessos, afirma pesquisadora

27/07/2016 9:07

“A consciência da população não vai permitir retrocessos”, afirma Keisha-Khan Perry, professora-associada de Estudos Africanos da Brown University, nos Estados Unidos. Keisha faz parte uma delegação do Conselho Executivo da Associação de Estudos Latino-Americanos (Latin American Studies Association, LASA) recebida pela presidenta Dilma Rousseff nesta quarta (27), no Palácio da Alvorada.

A comissão foi enviada para apurar os fatos relacionados ao processo de impeachment. A delegação da LASA entrevista, no Brasil, além da presidenta Dilma, personagens ligadas aos eventos, examinar documentação para produzir um relatório a ser circulado internacionalmente.

O objetivo é determinar se as acusações contra a presidenta estão de acordo com os parâmetros constitucionais, se têm credibilidade e se o parlamento brasileiro segue as regras processuais devidas. A pesquisadora da universidade norte-americana destacou os avanços sociais alcançados pela população brasileira, formada em sua maioria por negros, e como isso pode ter levado ao processo golpista em curso.

“Cabe, agora, uma solidariedade firme por parte da comunidade internacional”, disse.

A pesquisadora relatou que ficou feliz por ter ouvido da presidenta Dilma uma reflexão “muito profunda” sobre o passado do Brasil e como, agora, se vive as consequências, como o legado da escravidão.

“Para mim, que dou aula nos Estados Unidos, é importante enfatizar como essas mudanças políticas impactam a população diaspórica global. O que está acontecendo no Brasil impacta o que acontece com a população negra nos Estados Unidos, na África”, afirma.

Além de Keisha, a delegação é formada por Cath Collins, professora de Direito da Universidade Diego Portales, do Chile, e da University of Ulster, do Reino Unido; Mariana Llanos, professora de Ciência Política do Instituto Alemão de Estudos Globais e Regionais, em Hamburgo; Mónica Pachón, diretora de Ciências Sociais da Universidade de Rosario, na Colômbia; Sidney Chalhoub, professor de História da Harvard University e Coordenador da delegação; e Ana Flávia Magalhães Pinto, pós-Doutoranda em História Social na Unicamp.

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