Brasil de Dilma ganha prêmio mundial de combate à seca
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Brasil de Dilma ganha prêmio mundial de combate à seca

28/08/2017 1:09

O Brasil foi um dos países contemplados com o “Prêmio de Política para o Futuro de 2017”. Fez por merecer o título pela política do governo de Dilma Rousseff de instalação de cisternas para enfrentar uma das maiores secas da história do país. Graças ao programa, que incluía muitas outras ações de proteção aos habitantes do semiárido, aos produtores e aos camponeses, uma das maiores seca da história do país não registrou registros de miséria, migração, saques e violência.

 Eis o texto, traduzido do inglês, sobre a premiação do Brasil. 

LÍDER AMBIENTAL: O BRASIL GANHA O PRÊMIO DE ‘POLÍTICA PARA O FUTURO’

 O titulo homenageia as melhores políticas de reabilitação de terras no mundo. Outras políticas vencedoras são da Etiópia, China e Austrália.

Hamburg e Bonn “Empoderando os mais pobres entre os pobres”: o Brasil demonstra que esta pode ser uma realidade. O país leva, assim, o Prêmio Prata de Política para o Futuro de 2017. Também conhecido como “Oscar para Melhores Políticas”, o Prêmio Política para o Futuro destaca as melhores políticas mundiais de combate à desertificação e à degradação do solo.

A região semiárida do Brasil é uma área frequentemente atingida por secas. Vive atualmente uma das maiores secas dos últimos 50 anos. Para enfrentar esta situação, o governo brasileiro derrubado no ano passado por um golpe de estado lançou  o “Programa Cisternas” , com a meta de instalação de 1 milhão de cisternas de coleta de água da chuva para fornecer água para uso doméstico para milhões de pessoas que residem em áreas rurais no semiárido.

A meta de instalação de 1 milhão de cisternas foi alcançada em 2014, e superada em seguida com mais 250 mil cisternas de água para a lavoura e milhares de cisternas em escolas. O resultado é que não houve migração de habitantes desta região para outros locais e tampouco houve incidência dos piores efeitos da seca – mortalidade infantil e fome.

Declarações da UNCCD e do World Future Council

Monique Barbut, Secretária-Geral Adjunta das Nações Unidas e Secretária Executiva da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD):

“As terras secas cobrem cerca de 40% da superfície terrestre da Terra. Centenas de milhões de pessoas estão diretamente ameaçadas pela degradação da terra e as mudanças climáticas só irão intensificar o problema. Até agora, este desastre ambiental subestimado recebeu muito pouca atenção. O Prêmio Política para o Futuro 2017 está voltando a atenção para o desafio ambiental iminente e respostas efetivas. Os sete vencedores do Prêmio Política para o Futuro são todos de países afetados e demonstram grande determinação ambiental e política”.

Alexandra Wandel, Diretora e Vice-Presidente, Conselho de Administração do World Future Council (WFC):

“A vitória do Brasil no Prêmio Prata de Política para o Futuro 2017 está enviando uma mensagem forte e de apoio: os brasileiros mostram como um país vulnerável à desertificação e às mudanças climáticas pode encontrar uma maneira inteligente e altamente eficaz de enfrentar com sucesso um desafio global. Isso coloca o Brasil, juntamente com os outros vencedores do Prêmio Política para o Futuro, firmemente no mapa como líder ambiental”.

Sobre o Prêmio

O Prêmio Política para o Futuro é o único prêmio que homenageia políticas, em vez de pessoas, a nível internacional. A cada ano, o World Future Council escolhe um tópico para o Prêmio Política para o Futuro sobre o qual o progresso da política é particularmente urgente. Em 2017, em parceria com a Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD), foram avaliadas leis e políticas que contribuem para a proteção da vida e dos meios de subsistência nas terras secas, e ajudam a alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável nº. 15, alvo 3, de “combater a desertificação, restaurar terras degradadas e solo, incluindo terrenos afetados pela desertificação, secas e inundações, e se esforçam para alcançar a neutralidade mundial da degradação da terra”. Os prêmios serão entregues em uma cerimônia em setembro, na Décima Terceira Sessão da Conferência das Partes da UNCCD em Ordos, na China.

Outras políticas vencedoras

Outras políticas vencedoras são da região Etiópia Tigray Conservation-Based Agricultural Development-Led Industrialization, apoiada pela Campanhas de Mobilização de Massa (Mass Mobilization Campaigns“) e Juventude Responsável por Política Fundiária (Youth Responsive Land Policy“), que está na origem da ação coletiva única para restaurar a terra em escala massiva; a Lei da China sobre Prevenção e Controle da Desertificação(“China’s Law on Prevention and Control of Desertification”), que inverteu a tendência de desertificação; “Áreas Indígenas Protegidas e Programas de Guardas da Austrália” (“Australia’s Indigenous Protected Areas and Rangers Programmes”), cujos mais de 2.600 guardas florestais indígenas estão na vanguarda da luta contra a degradação ambiental, “Estratégia Atualizada de Guarda de Terra da Jordânia” (“Jordan’s Updated Rangeland Strategy”) que consagrou a instituição tradicional de conservação indígena ‘Hima’ mais difundida e de longa data do Oriente Médio em lei; a iniciativa intersetorial, em grande escala, “3N Nigerinos Nutrem Nigerinos” (“Nigeriens Nourishing Nigeriens”), do Níger, que aborda a degradação da terra e segurança alimentar; e a iniciativa internacional “4 por 1000” (“4 per 1000”), que comunica um novo conceito para a mitigação da mudança climática através do aumento do carbono orgânico do solo.

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