Vamos revogar a emenda do corte de gastos, a entrega do pré-sal e a destruição dos direitos do povo brasileiro - Dilma Rousseff
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Vamos revogar a emenda do corte de gastos, a entrega do pré-sal e a destruição dos direitos do povo brasileiro

29/10/2017 1:56

Durante reunião de Lula, Fernando Haddad e Dilma Rousseff com reitores de universidades de Minas Gerais, a presidenta eleita disse que o Brasil tem em outubro de 2018 uma data marcada com a recuperação da educação democrática, popular e inclusiva.

Dilma afirmou que vai ser preciso revogar a emenda constitucional que limitou os gastos públicos com educação por 20 anos, cancelar a entrega do pré-sal às petroleiras estrangeiras, medida que rouba recursos da educação e da saúde, e suspender a destruição de direitos do povo brasileiro.

 — Temos que reverter a emenda dos gastos, a entrega do pré-sal, a destruição de direitos, inclusive na educação. Eles deram um golpe de estado porque divergiam do gastos em educação. Gastos que, por sinal, eram insuficientes.

A presidenta eleita afirmou que “não é só a transferência de renda que reduz a desigualdade. A educação é fundamento da redução da desigualdade, da pobreza e da miséria.”

E defendeu:

— Vamos ter que fazer voltar o relógio, mas temos que discutir qual será o melhor caminho. Sem ciência básica, sem tecnologia e sem inovação não vamos longe. Nosso encontro com a democracia e com uma nova educação tem data marcada: outubro de 2018.”

O encontro em Minas Gerais reuniu Lula, Dilma Rousseff, Fernando Haddad, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, senadores e deputados do partido e integrantes do governo do estado com mais de 30 reitores de universidades, diretores de institutos federais e representantes do governo do estado de Minas.

Eis algumas manifestações dos reitores:

Reitores e diretores se queixam de cortes de verbas. No máximo, as universidades estão sendo autorizadas a receber do orçamento federal apenas recursos de custeio, mesmo assim parciais.

Todos os reitores e diretores apresentaram um relato sobre a situação de suas instituições. Questões de verbas, de abandono de prioridades, de descaso mesmo com a educação em Minas Gerais, que é uma das melhores do Brasil, sobretudo no ensino médio.

O orçamento para 2018 prevê ZERO para investimento. Nem a ditadura chegou a tão pouco.

Reitores se queixam de que têm quie mendigar junto ao governo federal. “Mendigar o óbvio. Assinamos documentos que não são cumpridos”.

Lembrança do suicídio a que foi levado o reitor da UFSC, vítima de uma situação difícil que o Brasil enfrenta.

Hoje, graças à nossa política de cotas de Lula e Dilma, há mais mulheres do que homens nas universidades e há mais mulheres do que homens dando aula.

A interiorização do ensino superior é a principal ferramenta do desenvolvimento regional do nosso país.

A SEGUIR, ALGUNS TRECHOS DA FALA DE DILMA ROUSSEFF:

“Esta reunião é importante porque estamos num momento delicado da vida do nosso país.

“Neste momento, os contratos não estão sendo cumpridos. A começar pelo principal, que é o contrato democráico, que foi rasgado.

“Eu repudio a tese, defendida pelo atual ministro ilegítimo da Educação, segundo a qual o Brasil vive uma orgia fiscal. É mentira.

“A imposição do teto do gastos, por meio de uma emenda consitucional, é fundamental e tem que ser enfrentada. Se não discutirmos os recursos, não discurtiremos para quem e em que gastar.

“Eles deram um golpe de estado porque divergiam do gastos em educação. Gastos que, por sinal, eram insuficientes.

“Era insuficiente para fazer uma educação inclusiva e de qualidade, que seja base do combate à miséria.

“Não é só a transferência de renda que reduz a desigualdade. A educação é fundamento da redução da desigualdade, da pobreza e da miséria.

“Ciência, tecnologia e inovação só se crescem com muitos recursos.

“E nós nem sequer arranhamos isto.

“Um dos motivos do Ciência sem Fronteiras era tentar conseguir uma base minima.

“As questões que interessam são a pobreza e como vamos ficar ricos. O que vai responder a estas duas perguntas é a educação.

“Nem no governo Lula nem no meu o modelo de financiamento era suficiente.

“Tinhamos que dar conta do ensino técnico, da educação infantil e do salto tecnológico, tudo ao mesmo tempo.

“É por isso que falar em orgia fiscal é um absurdo, é excluir os brasileiros.

“Nós precisamos de um salto tecnológico. Sem ele, não chegaremos onde é preciso.

“O ensino técnico é indispensável para formar os trabalhadores deste país para disputar mercado.

“Mas os golpistas interromperam tudo. A mais grave ameaça à democraica brasileira é decidir por 20 anos onde os governos vão gastar e quanto vão gastar.

“Não tenho preconceito de chamar de ‘gasto’ em educação. Tem que gastar, sim, e gastar muito!

“A lei de cotas vai acarretar gastos, vamos precisar de uma assistência gerenciada e isto exige verba. Não somos um país de olhos azuis, somos o último país que saiu da escravidão.

“Tem que fazer o sistema de cotas, tem que fazer o Mais Médicos, tem que fazer programas sociais.

“E é muito importante a interiorização da educação. Precisamos ter clareza disso.

“Isto tudo exige recursos, e muitos recursos. Nem com nosso orçamento é possível fazer isto.

“Por isso, no modelo do pré-sal destinamos 75% da arrecadação à educação. Temos que brigar para o pré-sal ser nosso e temos que discutir o que tem que ser gasto em educação.

“Temos que discutir o estado mínimo. Estado mínimo é estado sem recursos, é estado sem impostos. Quem paga imposto no brasil é classe média e trabalhador. Rico paga relativamente menos imposto. Não se fará educação do tamanho que deve ser feito, como fazem os países desenvolvidos, sem estoque de arrecadação acumulado.

“Temos que acumular mais riqueza social.

“Temos que reverter a emenda dos gastos, a entrega do pré-sal, a destruição de direitos, inclusive na educação.

“Do contrário, não havera educação de qualidade no Brasil.

“Tirando os que podem mandar seus filhos estudar no exterior, todos os outros brasileiros devem ser cúmplices de uma luta incansável por recursos para a educação,.

“Vamos ter que fazer voltar o relógio, mas temos que discutir qual será o melhor caminho. Sem ciência básica, sem tecnologia e sem inovação não vamos longe.

“Nosso encontro com a democracia e com uma nova educação tem data marcada: outubro de 2018.”

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