“Trabalho intermitente” é a escravidão do Século XXI
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“Trabalho intermitente” é a escravidão do Século XXI

Universidade demite 1.200 professores para recontratá-los ganhando menos e trabalhando do mesmo jeito

06/12/2017 5:29

 

As empresas começaram a aplicar as novas regras trabalhistas, impostas pelo governo golpista. Os trabalhadores já estão percebendo que serão prejudicados e terão sua renda reduzida em consequência da extinção de direitos trabalhistas que até agora eram garantidos pela CLT.
Exemplos não faltam. Esta semana, uma grande universidade privada, sediada no Rio de Janeiro, demitiu de uma só vez 1.200 professores celetistas e anunciou que vai recontratá-los sob as novas normas criadas pelo governo golpista.

Agora, eles serão submetidos à regra do “trabalho intermitente”. Em vez de cumprir uma jornada normal de trabalho na universidade, serão chamados apenas quando a instituição precisar, e receberão somente pelas horas e dias trabalhados. Isso, na prática, significa uma redução de salário e uma imensa insegurança quanto aos rendimentos que receberão no final do mês.

Um professor universitário, para ficar neste exemplo, será chamado pelo patrão para dar aula, e receberá apenas por esta atividade. Não será remunerado por suas pesquisas, pela orientação aos alunos fora da sala de aula, pela presença na biblioteca, por suas leituras para a preparação das aulas ou pela correção de provas. Ficará, no entanto, à disposição do empregador.

Em muitas categorias profissionais, como a dos  trabalhadores domésticos, balconistas, garçons etc, a jornada intermitente criará uma situação perversa: os trabalhadores poderão ganhar menos do que o salário-mínimo.

E se ganharem menos do que o salário-mínimo, serão obrigados a completar do próprio bolso o valor integral do INSS, para não prejudicar sua aposentadoria. Ou deixarão, simplesmente, de contribuir, ficando inadimplentes. É a miséria para o trabalhador e um enorme prejuízo para o sistema de previdência.

O trabalho intermitente, sem dúvida, é uma das mais desumanas medidas impostas pela destruição da CLT. Muitos começam a perceber, a cada mudança direta em suas vidas, a cada prejuízo imposto pelo governo e pelas leis por ele fabricadas, quem são e o que querem os golpistas.

Às vezes, a vítima de um roubo só percebe que foi roubada algum tempo depois, ao abrir a carteira ou mexer no bolso. Mas nunca é tarde para reagir. Vamos lutar por uma eleição democrática em 2018. Lula deve concorrer e não vamos aceitar um novo golpe, que o impeça de ser candidato. E vamos defender a convocação de um referendo que revogue os retrocessos impostos pelo governo ilegítimo.
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