Primeira presidenta da EBC denuncia intolerância do governo interino à diversidade de opinião
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Primeira presidenta da EBC denuncia intolerância do governo interino à diversidade de opinião

21/06/2016 8:12

Brasília - Comissões de Cultura, de Legislação Participativa e de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados debatem o mandato do diretor-presidente da Empresa Brasil de Comunicação - EBC (Valter Campanato/Agência Brasil)

As ameaças do governo interino à Empresa Brasil de Comunicação (EBC) expressam sua intolerância com a diversidade de opinião, afirmou a primeira presidenta da EBC, Tereza Cruvinel, durante Audiência Pública sobre a Empresa na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (21).

“Temer não gosta da TV Brasil não é porque custa muito não. O governo gasta muito mais com publicidade nas mídias privadas. O que esse governo não suporta na TV Brasil é que ela veicula mais de uma opinião, e esse governo parece gostar de pensamento único”, ressaltou.

Para ela, o ataque à EBC é um ataque à diversidade de expressão, e, por decorrência, é uma restrição à liberdade de expressão.

Convocada conjuntamente pelas comissões de Cultura, de Legislação Participativa e de Direitos Humanos, a audiência teve o intuito de debater e desmistificar “alguns equívocos que estão sendo vendidos para a opinião pública sobre o papel e a importância da EBC e que não são verdadeiros”, explicou o deputado federal Chico D’Angelo (PT-RJ), que presidiu a sessão.

“Os países democráticos avançados do mundo todo têm empresas públicas de comunicação, democráticas, independentes, autônomas, e esse governo interino e ilegítimo está querendo extinguir a EBC. Isso é um atraso, um retrocesso muito grande que o governo interino e ilegítimo esta querendo impor à sociedade brasileira”, completou.

Entidades como o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), o Intervozes, a Frente em defesa da EBC e da Comunicação Pública, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal, a Federação dos Radialistas e a Federação Nacional dos Jornalistas (FNAJ) também participaram da audiência.

O argumento da suposta baixa audiência da TV Brasil, usado pelos golpistas para justificar o seu fechamento, foi rebatida pelo atual diretor-presidente da EBC, Ricardo Melo, presente à Audiência Pública.

Segundo Melo, fechar uma TV pela baixa audiência “reduz a questão da comunicação pública a uma questão de mercado mais rasteira possível”. Ele questiona as reais motivações de Temer para extinguir a TV Brasil.

“Qual a audiência da NBR? Por que o governo fala em fechar a TV Brasil, mas não fala em fechar a NBR? Então a questão não é simplesmente de audiência, até porque a nossa audiência é muito maior do que aquela medida pelo Ibope”, argumentou.

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