Dilma garante: eu não entrego o jogo
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Dilma garante: eu não entrego o jogo

09/07/2016 2:13

Mulheres com Dilma em defesa da democracia

Em encontro organizado por mulheres das entidades que compõem a Frente Brasil Popular, na capital paulista, nesta sexta-feira (8), a presidenta Dilma Rousseff denunciou os inúmeros retrocessos do governo golpista de Michel Temer e afirmou que a luta não cessará.

“Eu devo honrar o povo que me elegeu. É minha obrigação e tenho que honrar as mulheres por ser a primeira mulher presidenta desse País. Eu vou lutar todos os dias da minha vida. Eu não entrego o jogo”, assegurou.

A presidenta chegou ao evento, realizado na Casa de Portugal, no centro da capital paulista, pouco depois das 18h30, e foi recebida calorosamente por milhares de pessoas, em maioria mulheres, que a saudaram com gritos de “Força, querida!” e “Fora, Temer!”.

Dilma, a exemplo do que tem feito nos diversos encontros realizados em todo Brasil para apoiá-la, relembrou as características do golpe que a afastou de seu mandato e elencou os ataques do governo ilegítimo aos direitos sociais e dos trabalhadores.

A presidenta citou o cancelamento do Minha Casa Minha Vida, a sinalização de redução de gastos do orçamento com Saúde e Educação, a proposta de privatização do pré-sal, que está em curso no Congresso, e até mesmo a sugestão do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, para que a jornada de trabalho do brasileiro seja elevada para 80 horas semanais e doze horas diárias.

“Com a desfaçatez que caracteriza esse governo, o ministro da Saúde disse: ‘Vamos vender plano de saúde com pouca cobertura para os mais pobres. Vamos vender baratinho, mas a cobertura também será pequenininha’. Querem acabar com o Sistema Único de Saúde (SUS)”, alertou a presidenta.

A presidenta Dilma também apontou para o desmonte na Educação, destacando que o Brasil, que é um país jovem, precisa de investimentos na área para garantir que a distribuição de renda assegurada nos últimos 13 anos seja perene.

Dilma repudiou a ausência de negros e mulheres na composição do ministério e ressaltou o forte conservadorismo do governo golpista e os riscos que representa para os direitos das mulheres, dos negros e da comunidade LGBT.

A presidenta reafirmou ainda sua disposição para reaver seu mandato e enalteceu a força das mulheres: “Eles esperavam de mim que eu os incomodasse menos, que eu abandonasse a luta. Esquecem que as mulheres não desistem, não abandonam a luta”.

Impeachment é ato de vingança

Dilma lembrou os motivos reais do golpe, apontando que, a cada dia, fica mais claro que o processo de impeachment contra ela não tem base jurídica nem orçamentária.

“Uma das razões desse impeachment fraudulento, os próprios golpistas confessaram e foram gravados, era me afastar porque não queriam que as investigações de corrupção chegassem até eles. Mas a mais importante é que eles querem um Brasil que nós não queremos e que jamais passaria pelo crivo das urnas”, constatou.

Por fim, a presidenta denunciou a participação do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) – que, nesta quinta (7), renunciou ao cargo de presidente da Câmara dos Deputados, do qual já estava afastado -, como um dos principais arquitetos do golpe: “Ele, que tem contas na Suíça e é investigado por desvio de dinheiro público, que cometeu desvio de poder, agiu por vingança contra quem não aceitou a chantagem política que um governo decente não pode aceitar”.

Da Agência PT de Notícias

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